10/12/2014

você já parou para pensar que existe alguém que desenha as letras?  

Eu não havia pensado nisso até assistir Helvética! Trata-se de um longa-metragem produzido por Gary Hustwit, que explana sobre o significado da tipologia como um todo, dando um foco especial a uma das tipos mais importantes do design,  a Helvética. O filme conta que a fonte foi criada em 1957 pelos designers Max Miedinger e Eduard Hoffmann, para a empresa Haas Type Foundry, em Münchenstein, na Suíça, sendo comercializada pela Linotype em 1961 no mundo todo. O objetivo era desenvolver uma fonte que pudesse competir com a aclamada Akzidenz-Grotesk. O nome da fonte é derivado da Helvetia (nome Suíça em latim).
O que torna o filme ainda mais interessante é que este não conta apenas a história de uma fonte, mas da nossa relação cotidiana com a tipologia através dos produtos que consumimos desde o nascimento e das publicidades nos espaços urbanos das grandes cidades. 






© Helvetica / 2007 Swiss Dots



© Helvetica / 2007 Swiss Dots




© Helvetica / 2007 Swiss Dots

Entre as preocupações que originaram o desenho da Helvética estava a legibilidade, neutralidade e ausência de significado intrínseco na sua forma, para que a mesma pudesse ser usada numa gama de sinais. Legibilidade, de acordo com Gerrit Willem Ovink, é “a facilidade e precisão com a qual o leitor percebe os textos impressos”. Esse é um dos motivos da Helvética sobreviver, e se manter funcional e agradável após mais de 50 anos de existência. 
O filme reforça a importância  da tipografia para o sucesso de um projeto gráfico. Cada detalhe, desde os mais pequenos, pode mudar drasticamente a agradabilidade visual. Não basta apenas escolher uma fonte bonita, é preciso escolher a fonte certa para determinado projeto. É indispensável que esta contribua para a leitura e compreensão do conteúdo. 

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