Eu
não havia pensado nisso até assistir Helvética!
Trata-se de um longa-metragem produzido por Gary Hustwit, que explana sobre o
significado da tipologia como um todo, dando um foco especial a uma das tipos
mais importantes do design, a Helvética.
O filme conta que a fonte foi criada em 1957 pelos designers Max
Miedinger e Eduard Hoffmann, para a empresa Haas Type Foundry, em Münchenstein, na Suíça, sendo comercializada pela Linotype
em 1961 no mundo todo. O objetivo era desenvolver uma fonte que pudesse
competir com a aclamada Akzidenz-Grotesk. O nome da fonte é derivado da Helvetia (nome Suíça em latim).
O que torna o filme ainda mais interessante é que este não conta
apenas a história de uma fonte, mas da nossa relação cotidiana com a tipologia através
dos produtos que consumimos desde o nascimento e das publicidades nos espaços
urbanos das grandes cidades.
© Helvetica / 2007 Swiss Dots
© Helvetica / 2007 Swiss Dots
© Helvetica / 2007 Swiss Dots
Entre as preocupações que originaram o desenho da Helvética estava a legibilidade, neutralidade e ausência de significado intrínseco na sua forma, para que a mesma pudesse ser usada numa gama de sinais. Legibilidade, de acordo com Gerrit Willem Ovink, é “a facilidade e precisão com a qual o leitor percebe os textos impressos”. Esse é um dos motivos da Helvética sobreviver, e se manter funcional e agradável após mais de 50 anos de existência.
O filme reforça a importância da tipografia para o sucesso de um projeto gráfico. Cada detalhe, desde os mais pequenos, pode mudar drasticamente a agradabilidade visual. Não basta apenas escolher uma fonte bonita, é preciso escolher a fonte certa para determinado projeto. É indispensável que esta contribua para a leitura e compreensão do conteúdo.
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